Brasil

PESQUISA DATAFOLHA: 38% consideram o governo Lula ruim ou péssimo; para 29% gestão é boa ou ótima


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pesquisa Datafolha divulgada na noite dessa sexta-feira (4/4) aponta que 38% dos brasileiros consideram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ruim ou péssimo. Para 29%, a administração é boa ou ótima.

O levantamento aponta um recuo na rejeição do petista. Na sondagem anterior, feita em fevereiro, o percentual de eleitores que consideravam a gestão de Lula ruim ou péssima era de 41%. Já a avaliação positiva subiu de 24% para 29%.

A parcela de brasileiros que consideram a administração petista regular é a mesma da última pesquisa: 32%. Os que não sabem soma 1%.

O levantamento do Datafolha, divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, ouviu 3.054 brasileiros, com 16 anos ou mais, em 172 municípios, entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ainda segundo o levantamento, o índice de brasileiros que aprovam a forma de Lula governar é de 48%, enquanto 49% o reprovam. Trata-se, portanto, de um empate dentro da margem de erro. Outros 3% não souberam responder.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Aliados de Bolsonaro falam em levar 500 mil à avenida Paulista

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Integrantes do PL esperam levar 500 mil pessoas ao ato pela anistia para os presos pelo 8 de Janeiro, marcado para o domingo (6.abr.2025), em São Paulo. A leitura de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é que a manifestação na av. Paulista será maior do que a de Copacabana, no Rio, em 16 de março.

Em público, aliados de Bolsonaro evitam cravar o número esperado na manifestação. A avaliação é evitar que haja a percepção que o ato teve menos pessoas do que foi esperado e que, por isso, teria sido um fracasso.

O ato é organizado pastor e aliado de Bolsonaro de longa data, Silas Malafaia.

O ex-presidente disse esperar “mais de 50” congressistas e “pelo menos” 6 governadores entre os presentes. Já estão confirmados:

  • Jorginho Melo (PL) – governador de Santa Catarina;
  • Romeu Zema (Novo) – governador de Minas Gerais;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos) – governador de São Paulo.

Outros 2 governadores estão com a ida “em aberto”: Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás.

A presença de aliados no trio elétrico busca pressionar o Congresso a pautar o PL (projeto de lei) da anistia. A resistência do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), levou a oposição a obstruir os trabalhos na Casa. Bolsonaro também busca mostrar força depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Os oradores do evento, além do ex-presidente, serão os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carol de Toni (PL-SC). O senador Rogério Marinho (PL-RN), também deve discursar.

PROVOCAÇÕES DE BOULOS

Segundo apurou este jornal digital, as provocações do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), que encabeçou o ato contra a anistia no último domingo (30.abr), em São Paulo, impulsionaram a mobilização do entorno de Bolsonaro.

Boulos declarou que o ato organizado pela esquerda em São Paulo teve “mais gente” do que a manifestação bolsonarista no Rio. No entanto, o Poder360 estimou um público de 5.500 pessoas na av. Paulista contra cerca de 26.000 em Copacabana.

Na 3ª feira (1º.abr), durante a reunião da oposição no apartamento funcional do líder do PL na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), todos os participantes –incluindo Bolsonaro– gravaram chamadas para a manifestação em um estúdio improvisado no imóvel.

O PL Mulher, ala feminina do Partido Liberal, lançou uma campanha com congressistas e com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro vestidas com uma camiseta branca com a escrita “anistia já” com batom –acessório que se tornou um símbolo por causa do caso de Débora Rodrigues, que escreveu “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente à sede do STF, no 8 de Janeiro.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

VÍDEO: Janja interrompe cerimônia com Lula e pede para plateia se sentar

A primeira-dama Janja da Silva repreendeu pessoas que chamavam pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (4). “Sentem, agora não. O presidente vai falar”, disse Janja acenando para pessoas na plateia. O momento se deu durante o encontro do petista com Cacique Raoni e lideranças indígenas no Mato Grosso.

Antes de Lula falar, o cacique Raoni cobrou promessas que o presidente fez a ele desde a posse.

“Desde a posse, eu falei com o presidente, fiz uma cobrança para ele não repetir alguns erros que ele fez na gestão anterior. Eu não gostei de alguns trabalhos dele. Mas eu falei para ele: ‘Presidente, daqui para frente vamos trabalhar certo para que as pessoas sejam felizes com o nosso trabalho’. Inclusive, uma das coisas que eu pedi e que ele prometeu que fizesse uma limitação na nossa terra para garantir a proteção”, declarou.

Lula afirmou que “assegurar os direitos indígenas é prioridade absoluta”, mas que “ainda há muito a ser feito” ao demarcar e homologar terras indígenas.

“Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas as nossas políticas convergem nesse sentido de assegurar, integralmente, os direitos indígenas, sempre enfrentando os desafios que são muitos, e precisam ser tratados de forma negociada com diálogo e transparência”, concluiu o presidente.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Anúncio de candidatura à Presidência de Felipe Neto era ação de marketing

Imagem: reprodução/YouTube

O anúncio de uma candidatura à Presidência da República feito pelo influenciador digital Felipe Neto ontem se tratava, na verdade, de uma ação de marketing.

O empresário divulgou novo vídeo hoje desmentindo a informação de que entraria na vida política. Felipe Neto divulgou a adaptação em áudio do livro “1984”, do britânico George Orwell. A obra retrata um Estado totalitário fictício chamado Oceania. Nele, as informações são manipuladas e distorcidas para servir aos interesses do partido governante. A obra “1984” tem como personagem principal o Grande Irmão, líder do regime totalitário narrado e conhecido como aquele que “observa a todos”.

O influenciador já havia feito ontem referências a obra literária citando o Ministério da Verdade. O empresário contou que criaria uma nova rede social com este nome para ajudar a entender as verdadeiras necessidades da população. No livro, o ministério era responsável por distorcer as informações. Felipe Neto também afirmou que desejava ser um “irmão mais velho” ao Brasil.

UOL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Eduardo Bolsonaro não descarta abdicar do cargo: “Se for necessário”

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a afirmar nesta sexta-feira (4) que pode deixar o cargo na Câmara em definitivo. O congressista está afastado temporariamente por 120 dias, enquanto está nos Estados Unidos.

Segundo Eduardo, a atuação nos EUA é mais importante no momento. Disse estar focado em trabalhar para resgatar a liberdade “eleitoral do Brasil”.

“Decidimos ficar aqui nos Estados Unidos por tempo indeterminado. Consegui, né, entrei com uma licença de 120 dias no Congresso para ver como vai ficar, né, pra segurar mais 120 dias, mas, se for necessário, eu vou ter que abdicar do meu cargo de deputado federal”, disse Eduardo em entrevista à rádio Auriverde.

Eduardo anunciou a estadia nos Estados Unidos em 18 de março. À época, disse temer pela apreensão do seu passaporte e uma eventual prisão ao retornar para o Brasil.

A bancada do PT na Câmara acionou a PGR (Procuradoria Geral da República) contra o deputado por atuar “contra os interesses nacionais” e “constranger o STF”. No mesmo dia em que Eduardo anunciou a ausência, a PGR e o STF arquivaram o pedido do PT.

Eduardo tem sido o principal articulador da direita brasileira com aliados do presidente dos EUA, Donald Trump (republicano). O agora congressista licenciado acusa o governo e a Justiça do Brasil de “excessos” contra aliados de Bolsonaro e de violação aos direitos humanos nas condenações pelos ataques do 8 de Janeiro.

Eduardo era cotado para presidir a Credn (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) da Câmara –alvo de disputa no colégio de líderes. O PT dizia que o deputado poderia instrumentalizar a comissão em prol de Jair Bolsonaro (PL) e minar a diplomacia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Correios apontam prejuízo de R$ 2,2 bilhões causado por taxa das ‘blusinhas’

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Um estudo produzido pelo Correios apontou que a empresa pública tomou um prejuízo de R$ 2.160.861.702,75 em função da “taxa das blusinhas” proposto pelo Ministério da Fazenda e aprovada pelo Congresso Nacional em junho de 2024.

O g1 teve acesso a um documento produzido pelos Correios que apontou o prejuízo. O texto faz duas comparações para mostrar o quanto foi estimado e o quanto foi arrecadado pela empresa em 2024.

Antes da mudança da legislação, os Correios estimavam arrecadar R$ 5,9 bilhões com o transporte de mercadorias importadas da China em 2024. Entretanto, com o surgimento da lei, o total efetivamente arrecadado foi de R$ 3,7 bilhões. Valor R$ 2,2 bilhões (37%) menor.

Uma estimativa também foi calculada já levando em consideração a sanção da lei e uma possível redução de receita. Nela, a empresa previu uma arrecadação de R$ 4,9 bilhões (R$ 8 milhões a menos que em 2023). Neste comparativo, o prejuízo foi de R$ 1,7 bilhão.

Nesta quarta-feira (26), o presidente da empresa, Fabiano Silva, esteve na Câmara dos Deputados para acompanhar um evento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Correios e falou sobre o impacto.

“A gente tinha uma expectativa de receita, que ela foi frustrada, então essa expectativa de receita frustrada se traduz depois em prejuízo na empresa”, afirmou Fabiano.

Fabiano ainda ponderou que a mudança proposta pelo Ministério da Fazenda, permitiu ainda que outras empresas de transportes façam o frete pelo Brasil de mercadorias internacionais e que resultou na diminuição do domínio dos Correios sobre esse tipo de serviço.

“A gente tinha uma participação nesse segmento internacional em torno de 98% de mercado, ou seja, quase dominante, quase exclusivo nesse mercado. No mês de janeiro, a gente está em torno de 30 e poucos por cento”, criticou.

Para reverter essa situação, fontes informaram que os Correios buscam modificar o decreto-lei sobre tributação simplificada das remessas postais internacionais, voltando ao que era antes da última modificação em 2024.

Prejuízo Correios

No final de janeiro, o Ministério da Gestão informou que os Correios são uma das principais razões para o aumento do déficit das estatais em 2024. Segundo o governo, a estatal registrou um rombo de R$ 3,2 bilhões no ano passado.

“Uma boa parte da explicação do aumento do déficit é o déficit dos Correios, que de fato aumentou bastante. E o caso dos Correios é um caso que demanda nossa atenção. O governo tem se debruçado para discutir medidas de sustentabilidade [financeira]”, afirmou a secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do MGI, Elisa Leonel.

A secretária afirmou que os Correios deixaram de investir, encerraram contratos e perderam receita ao serem incluídos no Plano Nacional de Desestatização, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A empresa não aproveitou ali em determinados momentos que se teve a pandemia e que o fluxo de encomendas, ele foi alto. Aquele era o momento de você ter feito um salto de qualidade. Ali a gente tinha que ter diversificado as nossas atividades”, apontou o presidente.

G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

PT torra quase R$ 200 mil em anúncio de Lula sobre isenção do IR

Lula é um dos fundadores do PT, e segue sendo um dos seus maiores nomes.

O PT pagou R$ 197 mil para impulsionar um vídeo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais. O conteúdo foi divulgado nos perfis do partido no Facebook e no Instagram.

De acordo com a Biblioteca de Anúncios da Meta, a sigla fez 2 anúncios com a mesma gravação. O 1º foi impulsionado de 18 de março, quando o governo entregou o texto ao Congresso, até 31 de março, e o 2º, de 21 a 31 de março.

“Agora é para valer de verdade! Quem ganha até R$ 5.000 não vai pagar Imposto de Renda a partir de 2026. Nós entregamos um processo no Congresso Nacional e eu tenho certeza de que o Congresso, tanto a Câmara quanto o Senado, irá votar para que o povo brasileiro possa ter um ganho real no seu salário e que possa melhorar a vida”, diz o petista no vídeo.

A isenção para quem ganha até R$ 5.000 era uma promessa de campanha de Lula. A medida ainda não entrou em vigor. Depende da aprovação dos deputados e senadores, que devem fazer ajustes no texto. O governo quer que a proposta passe a valer a partir de 2026 – ano da eleição presidencial.

Essa também é a principal aposta do governo para tentar recuperar a popularidade do presidente. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira (2), a desaprovação do trabalho de Lula chegou a 56%, o maior índice desde o início do terceiro mandato.

Outro ladoProcurado, o PT disse que não há qualquer irregularidade” no impulsionamento. Afirmou que a isenção para quem ganha até R$ 5.000 mensais é um projeto de interesse social, além de uma “promessa de campanha cumprida” por Lula.

Poder360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Sidônio culpa todos os ministros por impopularidade de Lula

Lula é observado por sidônio

O ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, disse nesta quinta-feira (3) que todos os ministros têm responsabilidade pela queda da popularidade do governo. No entanto, ele afirmou que não se isenta da culpa.

“Não tem nada de eu me isentar de impopularidade. Zero. Eu acho que a impopularidade tem responsabilidade de todos os ministros. Todas as áreas, a área política, gestão, comunicação, todo mundo”, afirmou a jornalistas, depois de evento de balanço dos 2 anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A pesquisa Genial/Quaest divulgada em 2 de abril mostra que a desaprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu e chegou a 56%. É o pior índice desde o início do mandato do petista. É ainda a 1ª vez que a percentagem passa de 50%.

O levantamento foi realizado de 27 a 31 de março. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil. A margem de erro é de 2 p.p. (pontos percentuais), para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

Segundo o chefe da Secom, seu papel à frente da comunicação do governo é informar. “Quanto à opinião da população sobre o governo, se acha isso, ou disso e daquilo, aí não é questão de a gente ficar definindo”, falou.

Poder360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Governo Federal compra móveis escolares por preço 50% acima do mercado; custo total foi de R$ 3 bilhões

Carteiras escolares no padrão exigido pelo FNDE | Foto: FNDE/Divulgação

Uma compra de carteiras escolares pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) foi aprovada em 2024 por 50% a mais que o valor de mercado desses itens.

O custo ficou em R$ 3 bilhões, R$ 1 bilhão acima do que seria com os preços estimados pela CGU (Controladoria-Geral da União) em 2022 ao analisar o edital.

Um conjunto para mesa para professor que custava R$ 368,88 em 2022 (reajustado pela inflação, R$ 387,55) teve sua compra aprovada por até R$ 1.072, por exemplo, segundo os preços homologados pelo FNDE em um pregão no ano passado.

Foram registradas atas de preços, documentos que autorizam o governo federal ou outros órgãos a comprar das empresas vencedoras do pregão pelos valores registrados quando houver necessidade. Essas atas valem até setembro deste ano.

Com base nessas atas, já foram firmados 14 contratos por diferentes órgãos públicos no país, com valor total de R$ 21,9 milhões, permitindo compras até 2026. Apenas uma pequena parte da compra foi efetivada até agora, portanto.

Restrições questionadas

Segundo empresas que ficaram de fora do pregão eletrônico, o prazo dado pelo ministério para obter a documentação para participar do certame não foi suficiente, o que acabou restringindo a competitividade.

“No termo de referência do edital, há a exigência de laudos e documentos de itens lançados há pouco no mercado (…), não sendo possível o atendimento de tais exigências pela grande maioria dos fornecedores”, alegou a MC Indústria e Comércio de Móveis Ltda.

O FNDE pediu laudos e certificações que não são exigidas pelo Inmetro, para os quais esses fornecedores disseram não estar prontos. O fundo, porém, rejeitou esses recursos, argumentando que os laudos seriam necessários para garantir a qualidade.

“Exigir laudos e certificações de mobiliários escolares é crucial por várias razões”, disse o FNDE em resposta a um recurso. “Primeiro, garantem a segurança dos alunos, assegurando que os móveis atendem a normas que reduzem riscos de acidentes e lesões.”

“Segundo, a certificação garante a durabilidade dos produtos, fabricados com materiais de qualidade e processos adequados, resultando em móveis mais resistentes ao uso intenso. Além disso, a ergonomia é fundamental: móveis certificados proporcionam conforto e evitam problemas de saúde, como dores nas costas e problemas posturais.”

O FNDE é um órgão vinculado ao Ministério da Educação, responsável pelas aquisições de materiais, equipamentos e obras nas escolas. É comandado por Fernanda Pacobahyba. Servidora de carreira do estado do Ceará, ela é próxima do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e foi secretária da Fazenda quando Camilo governou o estado.

No governo Jair Bolsonaro, o órgão foi entregue ao PP e enfrentou investigações sobre irregularidades em repasses para prefeituras.

Questionamento da CGU

O edital tinha sido alvo de questionamentos da CGU em 2022, ainda no governo Bolsonaro. O órgão de controle apontou um risco de sobrepreço de R$ 1,6 bilhão e pediu que o FNDE refizesse o edital e a pesquisa de preços.

Um dos problemas apontados pela CGU —a quantidade exagerada de móveis prevista, de 10 milhões de carteiras— foi corrigido, mas os preços do pregão, realizado em junho de 2024 e vencido por sete empresas, continuaram acima da média de mercado.

De acordo com o edital publicado pelo FNDE, a inflação em 2023 para móveis escolares pode ser estimada em por volta de 5%. Os preços aceitos pelo FNDE, porém, são até 176% maiores que as referências usadas pela CGU em 2022.

O pregão permite comprar 4,5 milhões de carteiras escolares de tamanhos variados, incluindo conjuntos para professores e alunos cadeirantes, num total de R$ 3 bilhões. Os preços estão R$ 1 bilhão acima do que a CGU havia estimado.

No edital do pregão, o FNDE listou 145 licitações realizadas pelo Brasil para comprar carteiras escolares entre 2022 e 2023. Na grande maioria desses certames, os preços ficaram abaixo daqueles aceitos pelo FNDE, mesmo considerando a inflação.

Procurado, o FNDE disse que “as certificações exigidas seguem normas de segurança e sustentabilidade, protegendo estudantes e assegurando responsabilidade ambiental”.

“Com ampla participação de fornecedores de diversas regiões, a licitação garante abrangência nacional e otimização logística, beneficiando milhares de municípios. O FNDE reafirma seu compromisso com a educação pública, garantindo padrões de qualidade que promovam conforto e dignidade aos estudantes”, afirmou o órgão ao UOL.

Cotação de preços

Segundo a CGU, um dos motivos das estimativas de preço infladas do primeiro edital foi a inclusão no cálculo de propostas de preços enviadas por firmas da Abime (Associação Brasileira das Indústrias de Móveis Escolares), que estavam acima do valor de mercado.

Empresas da associação sugeriram vender por R$ 786 um conjunto de carteira escolar que custava em média R$ 374,90, por exemplo.

A controladoria recomendou que as propostas fossem excluídas e que fosse considerada apenas a estimativa das compras realizadas no Comprasnet (hoje Compras.gov.br).

No pregão de 2024, o governo optou por usar estimativas de preço sigilosas. As empresas que conseguiram participar competiram entre si pelos melhores lances.

Os lotes foram divididos por região, considerando as diferenças de preço em cada local do Brasil, e uma empresa diferente venceu cada um deles.

Algumas das vencedoras pertencem à Abime e foram responsáveis pelas propostas de preço questionadas pela CGU. Procurada, a Abime disse que não tem conhecimento específico sobre o pregão e que, por isso, não tem condições de se manifestar.

As empresas que venceram o pregão são a Delta Produtos e Serviços, Incomel Indústria de Móveis, Indústria e Comércio Móveis Kutz, Maqmóveis Indústria e Comércio de Móveis, Milanflex Indústria e Comércio de Móveis, Movesco e Tecno 2000.

Apenas a Maqmóveis respondeu ao contato da reportagem. “A empresa considerou todas as normas de segurança obrigatórias para os produtos, bem como os requisitos específicos dos móveis e as particularidades tributárias e logísticas de cada estado e região”, disse a empresa.

“A Maqmóveis declara, ainda, que cumpriu integralmente a legislação vigente e os termos do edital, com preços compatíveis com os de mercado e inferiores aos de inúmeros outros licitantes, tendo vencido três lotes.”

UOL – por Natália Portinari

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Genial/Quaest: 62% acham que Lula não deve concorrer à reeleição

Uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (2/4), revela que 62% dos entrevistados pensam que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deveria se candidatar à reeleição em 2026. Há 35% que acreditam que Lula deve ser candidato, e 3% não souberam ou não responderam.

O percentual dos que acreditam que Lula não deve se candidatar é o maior desde que a enquete começou a ser feita, em julho de 2024, quando era de 53%. O índice passou para 58% em outubro de 2024 e para 52% em dezembro de 2024.

Os que acreditam que Lula deve se candidatar em 2026 somavam 45% no primeiro levantamento, reduziram para 40% em outubro de 2024, voltaram aos 45% em dezembro de 2024, e, na última parcial, somaram 35%.

O levantamento da Quaest foi realizado de 27 a 31 de março e ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de erro é estimada em 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A entrevista foi realizada face a face com a aplicação de questionários “estruturados”.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.